sábado, 28 de maio de 2011

Prefeitura de Casimiro de Abreu concede 40% de aumento salarial para servidores

Reajuste salarial de 40% para servidores de Casimiro

   Definimos e a Câmara aprovou no último 25/05, que a partir do mês de Junho de 2011, a Prefeitura Municipal concederá um aumento salarial de 40% para todos os servidores efetivos, aposentados e pensionistas. Depois de exaustivo estudo, a proposta representa um ganho real no salário base de 19,25% acima do acumulado do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) desde abril de 2008. Com o reajuste, o menor salário do município ficará 6,6% maior que o mínimo nacional.

    Desde o início da atual Gestão, já percebíamos que o salário dos servidores, por anos a fio, vinha sendo achatado com reajuste de reposição de perdas que em tese não refletia a realidade. O poder de compra dos salários não acompanhava o valor de remuneração do mercado, tendo um abismo para o valor justo. O processo da política de recuperação salarial do funcionalismo foi deflagrado pela prefeitura no início do ano passado, com a reforma do PCCV – Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Professores. Na ocasião, na frente dos demais servidores, a categoria conseguiu, redução de carga horária de 25 horas para 22 horas, incorporação ao vencimento básico das gratificações GHA (Gratificação por Horas Atividade) e AVP (Abono de Valorização do Professor), que representaram um aumento no salário básico e na regência.
   Embora o governo federal tenha instituído o piso nacional do magistério de R$ 1.024,00 para professores com carga horária de 40 horas, o governo municipal aumentou o salário dos professores 34,9% acima do piso estipulado. O ganho real, somadas todas as vantagens foi maior que 16%, acrescido de 13,6% de redução da carga horária, mais 8,8% agregado ao salário básico, totalizando 38,4%, que estão sendo pagos desde janeiro de 2010 e serão acrescidos de mais 4,5%, a partir de junho, repondo com sobra as perdas com a inflação do período.
  O índice de 40% vem fazer justiça aos servidores efetivos, aposentados e pensionistas que ficaram de fora do aumento que beneficiou os professores no ano passado. A partir de agora, será possível elaborar políticas salariais unificadas, uma vez que as distorções foram corrigidas. O momento marca o equilíbrio entre as categorias e visa nortear a reformulação da política salarial de servidores municipais, visando melhoria do gasto público, eficiência administrativa, visto a realidade e desafios que a economia mundial impõe.
   O nosso dever enquanto gestores públicos é  pelo seqüenciamento de ações que minimizem o impacto no bolso dos cidadãos, visto a costumeira prática da imposição tributária crescente, por ineficiência administrativa. Enquanto servidores públicos, a nossa missão não passa por simples valorização salarial, mas pelo comprometimento com um conjunto de condutas, que orquestradas, visem fazer mais, gastando menos.

Em destaque a evolução do salário base de algumas categorias, após o reajuste.


(Perdas no salário apuradas pelo IGP-M abr/2008 a mar/2011 fator 20,75%)
                                    
  Cargos:                           Lei nº 1192/2008          Novo sal. junho/2011
                                                         R$                                R$
Auxiliar administrativo             Ref.5     519,00                     726,60

Guarda Municipal                    Ref. 2    535,00                    749,00

Fiscal de tributos                     Ref.6     560,00                    784,00

Técnico de Enfermagem          Ref. 6    560,00                    784,00

Auxiliar de enfermagem           Ref.6      560,00                    784,00

Auxiliar de creche                   Ref. 2      806,73                  1.129,47

Biólogo                                  Ref. 11    822,00                  1.150,80

Supervisor de ensino              Ref.2       846,15                  1.184,61

Fisioterapeuta                         Ref.12      888,00                  1.243,20

Médico                                  Ref.12      888,00                  1.243,20




domingo, 22 de maio de 2011

FAZER MAIS COM MENOS, NOVA REALIDADE.


O Censo de 2010 mostrou situações curiosas dos municípios no estado do Rio de Janeiro, pois estão na contra mão da tendência mundial. No geral a população do estado aumentou na média de 11% (+ 1.600.000 pessoas), média equivalente da região Sudeste. Tivemos cidades que encolheram sua população, outras que subiram virtuosamente e algumas que se mantém no mesmo patamar dos últimos 10 anos, quando foi realizado o penúltimo censo. Inversamente ao crescimento da população, a maioria dos municípios afetados brutamente, os orçamentos municipais não acompanharam este crescimento e em alguns casos, ficaram mais pobres.

Comparando com o censo de 2000, o município de Macuco continua liderando com a menor população do estado (5.269/habitantes), cresceu apenas 8%. Em 2000 o município de Nova Iguaçu era o segundo maior do estado, perdendo para capital, Rio de Janeiro, hoje perde para Duque de Caxias e São Gonçalo, atual segundo colocado. Nova Iguaçu encolheu -14%, sendo o único dos dez maiores de 200 mil habitantes a ter crescimento negativo. O ex-prefeito e hoje senador Lidenberg Farias deve ter feito muita gente desistir de morar lá. Já os pequenos, com até 30 mil habitantes, Laje de Muriaé encolheu 5%, seguindo de Santa Maria Madalena e Miracema com 1%, respectivamente.

Destacando-se pelo crescimento que despontou com surpreendentes 190%, Rio das Ostras, saltou de 36.419 para 105.757 habitantes. Casimiro de Abreu ficou em terceiro com 60%, seguido de Macaé em 4º com 54%. O que pudemos ver é a influência do Petróleo na região, a “Serra Pelada” nossa, até quando? O número de domicílios para nossa região foi em média de ocupação de 2,3 e 2,6 pessoas para Casimiro e Macaé respectivamente. O crescimento de Rio das Ostras certamente também foi devido a maior oferta de imóveis, pois a média de ocupação ficou em 1,98 pessoas/domicílio. Já no geral, o estado do Rio de Janeiro tem média de 2,6 pessoas por domicílio, provando que existe espaço para investimento em moradias, embora não tenhamos conhecido o número de pessoas que moram sozinhas. Em Rio das Ostras, verificando o poder do orçamento municipal existente para custeio e infra estrutura da cidade em 2005, comparado com 2010, percebemos que a evolução da população reduziu pela metade a sua capacidade financeira de gerenciamento, e certamente mais que dobrou o impacto dos custos dessa nova realidade. Em Casimiro de Abreu a situação não foi muito diferente, no ano de 2006, população estimada em 25.000 habitantes o orçamento municipal foi de R$136.920.451,00, já em 2010, ano do censo, onde foi constatado a população de 35.373 habitantes, tivemos que nos virar com um orçamento de cerca de R$150.000.000,00 sendo apenas 9% maior. Se compararmos o tamanho da população de 2006 com 2010, vamos perceber que hoje temos uma população 41% maior, que em relação as receitas representam uma perda de 32% na atual realidade.

Da realidade, fica o desfio na explosão da economia de fazer mais com menos. Encaixar e qualificar despesas, para adequá-las ao crescimento vertiginoso da população, demonstrando que temos que gastar melhor os recursos disponíveis, como medida preventiva e planejada de evitar que administrações públicas sucumbam nos próximos anos.


Eliezer Crispim/Secretário de Administração/Casimiro de Abreu.
Veja mais informações no site do IBGE/Censo/2010. http://www.censo2010.ibge.gov.br/primeiros_dados_divulgados/index.php